quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Dida x Marcelo Grohe

A disputa de posição pela meta tricolor foi a grande polêmica do futebol gaúcho no início desta temporada. Talvez nem dê para chamar de disputa. Dida já foi escolhido para vestir a camisa 1 do Grêmio. Dia 23, em Quito, ele inicia jogando contra a LDU. Desde os primeiros treinos, Luxemburgo usou o goleiro de 39 anos como titular. As informações, contudo,dão conta que o experiente arqueiro está em boa forma e treina bem.

A discussão gira em torna de algumas questões: merecimento, necessidade, justiça, experiência. Estes tópicos acabam se misturando em meio ao debate.

Marcelo Grohe tem 26 anos, está no grupo principal do Grêmio desde 2005. Foi titular em alguns momentos em 2006. Nas temporadas seguintes foi sempre o reserva imediato - primeiro de Saja, depois de Victor - e sempre quando precisou jogar, deu ótima resposta. Em 2012, com a saída de Victor no início do Brasileirão, asusmiu de vez a titularidade. 

Grohe teve um bom ano, com atuações seguras, raríssimas falhas, conquistou a confiança da torcida e se mostrou pronto para seguir sendo o camisa 1 do Grêmio no início da trajetória Arena. Além disso, é patrimônio do clube, prata da casa, gremista. Sabe como ninguém, no atual grupo, o significado de cada vitória diante um estádio abarrotado de gremistas.

Marcelo fez por merecer a confinça da comissão técnica e da direção. Mas o Grêmio não julga assim, diferente da torcida. É questão de justiça quem terminou o ano bem, inicar a nova temporada como titular. Não é o pensamento de Luxemburgo.

Havia a necessidade de trazer Dida? Creio que não. Entretanto, não podemos ignorar o fato que agora ele faz parte do elenco tricolor. De certa forma, é compreensível que o Grêmio o nomeie titular nessa largada de temporada. Faz parte do futebol, quando se disputa uma competição internacional, você começar a conquistar o respeito dos adversários pelo curriculo dos seus jogadores. Não ganha jogo, mas é capaz de colocar no oponente um certo receio que, no final das contas, pode determinar uma senvível vantagem para o Grêmio.

Pelo Cruzeiro, Dida conquistou a Copa do Brasil de 1996, a Libertadores de 97, além de quatro campeonatos mineiros. No Corinthians, foi Campeão Brasileiro em 1999, Campeão do Mundo no ano 2000, da Copa do Brasil e do Torneio Rio-São Paulo em 2002. Nos seus 10 anos de Milan, foi novamente Campeão Mundial em 2007, Campeão Europeu em 2002/03 e 2006/07, Campeão Italiano 2003/04 e da Copa da Itália em 2004.
Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Na Seleção, o goleiro estava no grupo campeão da Copa em 2002, além de ser o titular nas conquistas da Copa das Confederações de 1997 e 2005 e da Copa América de 1999. É um senhor curriculo. Serve de argumento para sustentar a imediata titularidade. Mesmo que continue não sendo justo com Marcelo Grohe.

Na chegada da delegação gremista, em Quito, os mais assediados pelo público e pela imprensa, foram Elano, Macelo Moreno e Dida. Isso é quase como um termômetro. Assim como o Grêmio teme a LDU, que foi campeão lá em 2008, e hoje não tem ninguém de expressão, a LDU está preocupadíssima que precisará derrotar o Grêmio de Dida, Zé Roberto, Elano, Marcelo Moreno, Cris. Volto a dizer que nome não ganha jogo, mas impões respeito.

Ao Marcelo Grohe, resta a paciência de trabalhar e reconquistar sua titularidade. Acho possível, mas improvável. Um pena, pois não será nenhum absurdo esse jogador decidir seguir sua carreira em outro clube. O Grêmio, assim, desvaloriza seu patrimônio e tranca a carreira de um goleiro que está no ponto.

Um comentário:

  1. ainda acho que o Marcelo é capaz de começar o jogo contra a LDU.

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